segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Minha preparação pra a OAB


No último domingo foi aplicada mais uma prova da OAB e algumas pessoas vieram desabafar comigo a tristeza de não ter conseguido ir para a segunda fase. 

Diante disso, surgiu a ideia de contar aqui um pouco da minha história e como foi minha preparação.

2012. Eu ainda estava no último ano de faculdade quando resolvi fazer a prova. Como sempre fui daquelas alunas dedicadas, coloquei na minha cabeça que era minha obrigação me formar já aprovada na OAB. (Nesse momento, se eu pudesse te dar um conselho, seria: Não faça essa autocobrança com você, porque não ajuda em nada!)

Data da prova publicada, era hora de escolher qual cursinho eu iria fazer. Naquela época eu mal ouvia falar em cursos online, então era certo que faria um presencial. E aqui na minha cidade eu tinha duas opções: Damásio ou LFG. Busquei informações com uma amiga que havia se formado um ano antes e ela, que havia feito curso na Damásio, me indicou o mesmo. 

E lá fui eu. Escolhi o curso Reta Final, que tinha duração de três semanas, sendo uma matéria por dia. Como já disse aqui, sempre gostei de estudar, então isso foi suficiente pra mim. Era como uma mega revisão de cada matéria por dia. Só que não era só ir ao cursinho e pronto. 

Último ano de faculdade. TCC. Estágio na cidade vizinha. 

Como minha faculdade era pela manhã, eu chegava correndo em casa, engolia a comida, tomava um banho e corria feito Bolt pra não perder o horário da minha Mercedes (vulgo busão - geralmente lotado, sem ar condicionado e com direito àqueles seres humanos gente boa que gostam de ouvir um funk, mas não se dão ao trabalho de usar um fone de ouvidos. Mas enfim!) 

Saía do estágio às seis, chegava na minha cidade quase às sete: horário em que o cursinho começava. Dessa forma, já sabem: Passava em casa, nem trocava de roupa, pegava caderno e saía com o pão na mão e agradecendo aos céus por sua mãe ter a boa vontade de te levar até lá.

A aula começava às sete e terminava às dez e alguma coisinha. Chegava em casa, tomava banho e ainda REVISAVA A MATÉRIA! E assim foi durante três semanas. Nos finais de semana eu não descansava: eu também estudava durante todo o dia e a noite podia sentar pra ver um filme ou sair pra comer algo. (Nessa época eu namorava e me sentia muito sortuda por ter alguém que me apoiava. Ele jamais reclamou por eu passar aqueles finais de semana estudando.)

Chegou o dia, primeira fase. Eu, dramática como sempre, cheguei em casa falando pra todo mundo que nem queria falar sobre a prova porque não havia conseguido. Antes das dez da noite, o gabarito. Eu com a caneta na mão e o namorado do lado falando as alternativas corretas. Antes de terminar a correção, ele falava "Já deu 40! Já deu 40!", e eu não acreditava. Quando me dei conta de que havia acertado 52 questões eu sai feito uma MALUCA GRITANDO pela casa. Quem olhasse e não soubesse do que se tratava, era capaz até de pensar que eu havia ganhadora na loteria. 😀

E lá fui eu pra segunda fase. O fato mais curioso nisso tudo é que eu ODIAVA Direito Penal enquanto na faculdade. E quando assisti aula com os professores da Damásio, simplesmente me apaixonei pela disciplina! E por causa deles, que me fizeram olhar o Direito Penal com outros olhos, o escolhi pra segunda fase. Patrícia, Madeira, Junqueira, Flávio Martins ... QUE TIME! Com toda certeza eles foram ESSENCIAIS na minha aprovação! E por isso eu tenho tanto carinho pelo time da Damásio.

Colei grau já aprovada na Ordem e no início de 2013 já engatei uma Pós-Graduação. Adivinhem de que? Penal e Processo Penal, óbvio! Adivinhem aonde? Na Damásio, também óbvio! 😀

Assim, como a minha experiência ali foi tão boa, todas as vezes (até hoje!) que alguém me pede ajuda pra escolher qual cursinho fazer pra prestar a prova da OAB, eu sempre indico a Damásio. Afinal, foram eles que me auxiliaram nessa jornada nada fácil! (Mas com um final super feliz!)

Pra que eu contei tudo isso? Pra mostrar que nada é fácil. Não foi pra mim, não vai ser pra você. Pode acontecer de você reprovar? Pode sim, mas o que você fazia quando era criança e caía da bicicleta? Abria a boca pra chorar, limpava a areia do machucado, montava na bicicleta novamente e seguia em frente. E é exatamente isso que você que foi reprovado vai fazer agora! 

Eu sei que a sensação é péssima, porque eu também passo por isso estudando pra concursos. Mas não deixe que uma reprovação te impeça de tentar novamente. Chore o quanto for preciso pra colocar pra fora toda a raiva/medo/tristeza/frustração. Mas não deixe esse "luto" perdurar por muitos dias. Porque você precisa secar o rosto e partir pra mais uma batalha. Afinal, ninguém nunca nos disse que seria fácil.

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