quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Carta à mim mesma.


Confesso que fico orgulhosa do quanto você tem aprendido a ouvir, guardar e refletir sobre os assuntos que lhe trazem. Logo você, que depois de ser tão machuacada, já ia com quatro pedras nas mãos para quem vinha lhe dar um conselho.

Esses dias, enquanto você chorava por mais um amor que não deu certo, seu amigo lhe disse: "Seu problema é que você aceita qualquer coisa, você não escolhe, você aceita ser escolhida." 

Na hora você não entendeu muito bem, mas, depois de muito refletir, percebeu o quanto essa frase faz todo sentido.

Quando foi você deixou de ser amar? Tá, seu amo-próprio e sua autoestima nunca foram das melhores, mas, antigamente, você se permitia sentir borboletas na barriga pra estar com alguém. Lembra do Renan? Do Leandro? Do Oto? Seus namorados de tempos. Pois é, lembra de como aconteceu com eles? Você olhou, gostou e foi, de cara, uma troca mútua. Você os quis, de primeira. VOCÊ ESCOLHEU. Você não deixou acontecer pra ver no que ia dar. Você ESCOLHEU E QUIS DESDE A PRIMEIRA TROCA DE OLHARES. Entende a diferença?

Quando você se ama de verdade, não aceita qualquer um que chega e fica fazendo força para estar na sua vida. Você não dá tempo ao tempo pra "aprender a gostar", você gosta de primeira. Percebe agora o porquê de "nada mais ter dadoa certo depois do Oto?". Não foi praga, nem nada parecido. Foi você que deixou de ser ama e se valorizar e começou a ser achar indigna de amor. Dai começou a aceitar o que vinha.

O "start" disso? Você ainda não descobriu. Mas virar a chave, nesse momento, desbloqueando a sua mente pra essa situação era tudo que você precisava.

Sinta-se orgulhosa de si mesma, menina. E voe longe!


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