Continuo escrevendo pra acalmar os pensamentos. Acho que dá pra suportar melhor quando colocado pra fora.
Me recordo que ele falava em casamento desde o início. No início, muito machucada, eu me assustava. E confesso que muitas vezes pensava: "ele é bem mais novo, só está empolgado e isso não vai dar em nada". Só que foi dando certo, e mais certo e mais certo ... até dar errado.
Não era pra ser?
Meu sonho era ter uma jóia (anel) e nunca pude. Quando contei desse sonho pra ele, me perguntou se eu toparia ele me dar o anel e o usarmos como uma aliança para o nosso noivado. Com medo, aceitei. Afinal, já fui noiva uma vez e o medo de noivar novamente para "nada" é imenso.
Quando o anel chegou: grande. Um troca poderia ser feita e foi. Quando voltou, ainda grande. Como não poderíammos trocar novamente, ele me deu e disse para usá-lo como um presente.
Na hora, ao vê-lo frustrado, o que me veio à cabeça foi que esse não havia dado certo porque, na hora certa, Deus permitiria que ele me desse um ainda mais bonito.
Acho que era isso que eu queria acreditar. No melhor, sabe?! Mesmo depois de ter me machucado tanto, eu não via os sinais e continuava querendo acreditar que ele era o cara certo.
Hoje, vejo que não deu certo porque não era pra ser. Tudo bem. Mas pareceu certo por tanto tempo, pareceu certo a cada mensagem de bom dia e boa noite, a cada sexta de pizza, a casa descanso de sábado pós almoço, a cada tarde de domingo assistindo Criminal Minds.
Parecia tão certo que era inimaginável pensar em dar errado.
O casamento pra mim era algo tão real (e eu algo que eu jamais havia realmente consolidade na minha mente como havia feito com ele), que resolvemos comprar o primeiro móvel juntos.
E, NO MESMO DIA, deu errado. Como eu não pude perceber que Deus estava dizendo "não"?! (Poderia um humano atrapalhar de forma tão abrupta um plano se fosse de Deus?)
No final daquele mesmo dia ocorreu algo pelo qual eu jamais esperaria. Uma tentativa de ajuda. Um tom de voz mais alto. Um 'tudo bem' sem estar tudo bem. E, no final, colocar pra fora da forma mais explosiva com a pessoa errada. Em tese. Ou não. Dali pra frente, foi ladeira abaixo e eu não percebi os sinais. Eu não era prioridade. Eu era "tempestade em copo d'água". Até não ser mais nada.
Acho que o que que mais me dói é a frieza. A ingratidão. É o esquecer tão rápido quanto o se apaixonar. E agora dói tudo. Escolheria não sentir mais nada, nunca mais, por ninguém, se assim pudesse.
Mas sigo "aceitando" tendo em mente que se Deus diz não, quem sou eu pra discutir?! Sigo aceitando tentando colocar na cabeça que Deus tem o melhor pra mim.
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