É, minha psicóloga só quinta-feira, então a internet que lute.
Se tem algo nessa vida que eu tenho plena consciência é: EU NÃO SOU FÁCIL DE LIDAR. Eu tenho as minhas explosões, sou machucada - então demoro a confiar, e quando alguém vem me dizer algo, por vezes pra me ajudar, eu já tô respondendo como quem tampa pedras. (Já viu aqueles cães machucados que não sabem o que está acontecendo, então só pensam em se defender?! Pois é, sou um deles).
Mas dentre todos os meus defeitos, eu tenho a qualidade de aceitar que preciso mudar e melhorar. Aliás, melhorei muito nos últimos meses. E sim, se vou culpar meu ex por todos os danos que ele me deixou, tenho também que agradecê-lo por ter me ajudado a melhorar em muitos pontos.
Com o fim "brusco" do namoro, onde eu achava que estava tudo bem e resolvido, eu comecei a questionar muitas coisas. Principalmente a 'bondade' das pessoas.
Pronto, a "louca" da Cacau explodiu. Quase terminamos aquele dia e ele ficou bem mal. Hoje, vejo claramente que não por mim, por eu ter falado sobre a mãezinha dele.
Depois conversamos, eu, que havia dito que nunca mais voltaria na casa dele depois daquela falta de respeito dela comigo, enfiei o rabo entre as pernas - e mandei vergonha na cara pra pqp, só pode, e voltei. Tratei-a como se nada tivesse acontecido e segui a vida. Achei que os dois seguiríamos. Mas pelo visto não.
Ele se chateou. Afinal, quem sou eu pra falar da mãe dele? Quem sou eu pra exigir que a mãe de alguém me trate com respeito dentro da própria casa e não grite comigo, né?! "Tempestado em copo dágua", foi o termo que ele usou.
Dali pra frente tudo desandou.
Sabe-se lá o que falaram de mim. Eu vi ele mais distante, colocando a culpa no cansaço pelo trabalho e pelas dificuldade com a mudança de casa. Vi ele querer se reunir com os amigos em plena sexta - dia que era nosso, afinal, só nos víamos nos finais de semana.
Como eu me odeio por não perceber os sinais. Me sinto tão idiota por ter aberto meu coração mais uma vez, ter considerado a mãe dele uma mãe pra mim - relação que eu nunca tive com nenhuma outra sogra antes dela.
Como me arrependo de ter engoli a seco outras ignorâncias que ela já havia feito (afinal, se eu estava tentando ser uma pessoa melhor, deveria entender que todo mundo tem um dia ruim) e, principalmente, de ter aguentado ela sempre falando da ex.
No final, ela me chamou de LOUCA. E eu revidei bem sem classe, do jeitinho dela. (Eu sei, perdi a razão bem aqui). Mas foi como eles queriam: um motivo pra chamar de ingrata, de sem educação, sem respeito, ou seja lá o que for. Afinal, quem era eu pra não aceitar as faltas de educação que a mãe do bonitinho me fazia, né?!
Até que hoje tive a oportunidade de conversar com uma colega que contou uma situação bem parecida que aconteceu com ela, eis algumas partes da nossa conversa:
"Coloquei ele na parede e disse que ele tinha que conversar com ela. Sabe o que ele fez? Terminou comigo. Estou te contando a minha experiência pra dizer que homens assim, dependentes da mamãe, não mudam! Encare o que aconteceu como um livramento."
"É a mesma situação da mãe do meu ex, divorciada há muitos anos, o ex-marido casou novamente e ela não. O filho ficou no papel de marido."
"Eu me senti assim também, porque eles nos fazem pensar que estamos implicando com a sogra, que elas só querem ajudar. Ele nunca ficava do meu lado, sempre tinha uma justificativa pra amenizar o que a mãe fazia."
Ela contava e eu apenas arregala os olhos me dando conta de que, filhos únicos de mãe separadas, não são mesmo a melhor opção. Talvez até sejam, mas ai depende muito deles terem personalidade própria e não passarem pano pra mãe quando elas estão fazendo mal a quem o quer bem. O final desse tipo de homem? Se não se derem conta do problema, provalmente sozinhos com a mãe do lado. Afinal, eles precisam fazer o papel do marido que elas perderam.
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